terça-feira, 13 de maio de 2008

Palhacinho de ponta cabeça, nariz de palha...

Quando eu nasci chovia muito, não me lembro, obviamente, mas minha mãe me disse...
Antes do meu parto é que foi realmente um parto... Hospitais em greve, bolsa estourada, carro sem gasolina, quatro cidades em busca de leito, Canoas, Esteio, Sapucaia e finalmente Porto Alegre. Antes de nascer eu já queria o melhor e buscava o diferente. Além da cidade, também escolhi ser de touro, jamais me perdoaria se fosse geminiana, então nasci de parto normal no ultimo dia de maio que é regido pelo signo de touro, dia 20 de maio de 1987...
Hoje estou praticamente aos 21 anos de existência, luta, dor, busca e conquista... muitas metas e sonhos pela frente e claro que alguma boa bagagem. Aos meus 21 anos me sinto privilegiada por algumas vivencias irreais, alguns sonhos realizados e um amor vivido. Ultrapassei alguns limites e tive ousadia de me permitir certas aventuras.
Nunca gostei de ser contrariada, fiz tudo o que queria fazer, quando criança eu era um "terrorzinho", claro que dentro do meu campinho, o que chegasse nos ouvidos de minha mãe o chinelo rolava solto. Meu avô é minha melhor lembrança da minha infância e a maior saudade dela também. Eu gostava de tomar banho dentro do tanque de roupa, odiava meia com desenho e calça de pijama sempre me fez coseras nas pernas pra dormir. Com três anos fiz meu primeiro poema, é eu sei que parece mentira, até porque eu nem sabia escrever, mas fiz sim, declamei e minha irmã escreveu em um caderno de receitas da minha mãe. Nas pernas ainda carrego algumas cicatrizes, de subir nas arvores, correr e cair, elas se tornaram lembranças. Já as do peito se tornaram medalhas de amadurecimento. Eu já quis ser atriz, cantora e a Xuxa, chorava sempre no episodio que o Chaves era expulso da vila. Me achava a criança mais esperta e meu sonho era fugir de casa, pra deixar todo mundo com saudades. Fazia show do aniversário dos outros e roubava um pouco do glamour. Tive síndrome do pânico com 9 anos, e crises até os 11, dormia com meus pais, tinha medo de morte e sempre detestei passar na frente de cemitério. Aos 15 depressão, aos 16 a descoberta do amor que partiria pra longe de mim aos 17 anos. Aos 17 a descoberta do significado da palavra saudade . Aos 18 me tornei mulher, aos 19 "despiroquei", aos 20 resolvi elaborar. E aos 21? Aos 21, a bagagem de tudo que me fortaleceu, o amadurecimento que busquei por mim, lógico a ajuda fantástica de bons amigos, e de Marcelo Quadros. 21 anos e grandes amigos, uma família estruturada, sonhos traçados fortes e desejados todos os dias, caminho obstinado e o desejo maior de todos de ser jornalista. E me faltam ainda algumas coisas, mas nada que eu não me sinta capaz de buscar. Nada foi fácil, nem pra nascer nem foi pra crescer, tudo com seu devido valor como uma vida que realmente vale a pena.
Vou em busca agora de um novo caminho um novo lugar, pra que eu possa escrever outras historias que farão parte do livro de paginas coloridas da minha vida.

"Eu não desisto assim tão fácil meu amor, das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz, na vida tudo tem seu preço e seu valor, eu só quero nessa vida é ser feliz."


Alguns agradecimentos especiais:
Deus
Pai
Mãe
Roberta
Avós
Família
Antigo amor
Meu queridos amigos (Aline, Aline Carvalho, Bruno, Dido, Diego, Dudu, Fernanda, Lalá, Lia e ísis )
Rafael Martins
Andresa Fialho
Gabriel Bonfada
Mariana De Bem
E aqueles que em mim deixaram algo de positivo.

Eu e minhas digressões... Devaneios, introspecções, elucubrações e perturbações